Self-driving car e o desemprego estrutural

Estudo do Barclays Capital citado pelo Estadão sugere que: “Os serviços de compartilhamento de veículos e a condução autônoma podem a dizimar a indústria automobilística dos EUA no próximo quarto de século.” Em 25 anos não precisaremos de mais motoristas e nem teremos que ter carros na garagem. Brian Johnson, um dos responsáveis pelo estudo diz: “Cada veículo compartilhado poderia substituir até nove carros tradicionais”. 3,5 milhões de caminhoneiros perderiam o emprego só nos EUA.

A tecnologia já existe. O Google, a Tesla e até as montadoras tradicionais tem trabalhado nisso. Ainda não há o ambiente político-cultural-legal para a mudança, mas isso está mudando.

O terror dos neo-Malthusianos acontece mais uma vez. “Um mercado será dizimado, precisamos destruir as máquinas, impedir que elas tomem nossos empregos.” Já aconteceu muitas vezes: ferreiros, agricultores, sapateiros, trabalhadores de chão-de-fábrica, dentre muitos mais estão deixando ou já deixaram de existir. Muitos outros empregos que não existiam foram criados.

Os futuros desempregados irão pressionar o governo e tentar brecar a inovação. Isso pode postergar a chegada dela, mas não será capaz de eliminá-la. Com o avanço da tecnologia os empregos, cada vez mais, dependerão da capacidade intelectual, quem não buscar capacitação terá cada vez mais dificuldade para trabalhar. Problema para os governos.

Realmente, como disseram o Russ Roberts e o Mike Munger, não deixe que seu filho tenha a pretensão de um dia se tornar motorista de taxi.

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