Juros negativos?

Recentemente tem surgido as notícias: alguns países já estão praticando ou abriram caminho para praticar juros reais negativos nos papéis do governo, os chamados bonds.

Suécia, Dinamarca, Suíça, e Japão já estão nessa onda. O Japão, aliás, recentemente emitiu o primeiro título de longo prazo com rentabilidade negativa. Os bônus de dez anos de lá foram negociados por -0,035%, ou seja, no resgate o valore retornado será ligeiramente menor do que o investido.

Mas qual seria a lógica disso?

Com juros negativos, na prática o que ocorre é que os investidores (que compram os papéis) têm que, de fato, pagar para emprestar seu dinheiro – ao invés de receber uma remuneração, como é mais comum. A lógica: a versão ao risco.

Com um mercado tão instável muitos não se importam em perder um pouco de dinheiro pela certeza de que seus ativos estarão seguros.

A história se repete, no início dos bancos os banqueiros cobravam para guardar o ouro, só depois que descobriram que poderiam emprestar (via reservas fracionárias) é que a lógica de remunerar o poupador surgiu.

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