Entender o Desemprego (4) – A Curva de Phillips parte 2

A Inflação e o desemprego são dois dos mais relevantes indicadores macroeconômicos, eles facilitam sobremaneira a leitura do ambiente de maneira mais macro. Esses indicadores são tão importantes que alguns economistas somam os dois índices para produzir o dito “índice de miséria” que mede a saúde da economia, quanto mais alto, pior.

Ao longo dessa série sobre o desemprego veremos que a taxa natural de desemprego depende, no longo prazo de 4 coisas: O salário mínimo, a força dos sindicatos, os salários de eficiência e a eficácia na busca de empregos.

No curto prazo a inflação também tem um papel muito relevante e é isto que a curva de Phillips mosta, ou seja, no curto prazo, quanto maior a inflação (a quantidade de dinheiro disponível no mercado), menor a taxa de desemprego.

Isto se dá em virtude da mudança nos incentivos dos produtores, com mais dinheiro no mercado, no curto prazo, a política monetária faz com que os produtores passem a produzir mais, para produzir mais, mais mão de obra é necessária, com mais dinheiro na economia, todos melhoram. É a perfeita receita Keynesiana, quanto mais gastos, melhor.

O problema ocorre quando os produtores percebem que o dinheiro que está sendo usado para pagar a produção já não vale mais tanto, é a hora da crise econômica que sempre segue um boom de crescimento keynesiano. É o que estamos vivendo no Brasil hoje.

Mas como a Curva de Phillips ajuda a explicar isso e como está relacionada ao desemprego no longo prazo?

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