iPhone 10 anos atrás

Em dezembro de 2016, o CEO da Palm Ed Colligan negou com veemência a ideia que uma empresa tradicionalmente de computadores poderia competir no mercado de Smartphones:

“Nos aprendemos e tivemos dificuldades por alguns anos tentando descobrir como fazer um telefone decente […] o pessoal dos computadores não vão conseguir fazer isso. Eles não vão simplesmente entrar pela porta nesse mercado.”

Em janeiro de 2007, o então CEO da Microsoft, Steve Ballmer deu risada da possibilidade de existir um smatphone caro e sem teclado com alguma chance de sucesso:

“500 dólares? Totalmente subsidiado? Com um plano? Eu acho que esse é o telefone mais caro do mundo e não tem apelo aos consumidores corporativos, pois nao tem um teclado, o que faz com que ele não seja uma máquina muito boa para emails.”

Em marco de 2007 o especialista na indústria de computadores John C. Dvorak disse que:

“A Apple deveria simplesmente descontinuar o iPhone […] Não existe possibilidade para que a Apple seja bem sucedida num negócio tão competitivo assim”

Ele claramente acreditava que o mercado era dos maiores players que existiam na época:

“Esse negócio não é emergente. Na verdade ele já está proximo ao processo de consolidação com provavelmente dois players dominando tudo: Nokia Corp. e Motorola Inc.”

Uma década depois de tais previsões Motorola, Nokia, Palm e Blackberry foram dizimadas pela Apple e pelo Google, a Microsoft tem muitos problemas com o Mobile, ainda que continue tentando jogar o jogo.

A previsão de Schumpeter de ‘destruição criativa’ encontra o seu melhor exemplo aqui.

Como disse o Yogi Berra: “é muito difícil fazer previsões, em especial sobre o futuro.”

E além disso essas previsões erradas nos mostram o exemplo cássico de como as pessoas com a mente estática acabam por deixar de lado o potencial de impacto dos novos entrantes e de disrupções tecnológicas.

Como diz o Clayton M. Christensen, do The Innovator’s Dilemma, “Quando se trata de inovação disruptiva que abre novos mercados pesquisadores e planejadores de negócios tem históricos muito ruins.”

Via Tech Liberation.

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