Inventei uma pílula que te faz viver sem problemas de saúde até os 120 anos!
Se fosse verdade, o que aconteceria com todas as pessoas que trabalham nessa área?
Pense sobre isso um pouco.
Seria justo deixar que essa pílula fosse vendida?
E se eu quisesse distribuir essa pílula para as pessoas? Seria justo?
Todo mundo se beneficiaria, não é?
Sim, mas muita gente também sairia prejudicada.
Imagina a quantidade de pessoas que trabalham em sistemas relacionados à saúde: hospitais, médicos, enfermeiros, ministros, laboratórios, etc. Todos esses e muito mais passariam, de uma hora para outra a ser desnecessários.
Todo esse povo perderia os empregos, iria ter que mudar de profissão e de vida, suas perspectivas seriam muito diferentes.
Ao mesmo tempo todo o dinheiro gasto com isso iria para outras coisas, coisas que talvez nem existam ainda e que nem conseguimos imaginar. O mundo como um todo ficaria melhor, apesar de alguns grupos de pessoas ficarem pior.
Esse processo é a representação perfeita da destruição criativa de Schumpeter. É a essência das mudanças na economia guiada pelas inovações.
Mas voltemos a pensar naqueles que perderiam o emprego: será que, por conta disso, deveríamos barrar a existência da pílula que tudo cura?
Seria isso justo com todas as outras pessoas do mundo?