Dinheiro em espécie ainda comanda
Os dados são da Bloomberg.
Em todo lugar alguém está tentando matar o dinheiro físico.
A Índia eliminou 23 bilhões de notas em circulação no final de 2016. Pagamentos móveis, cartões de crédito/débito e Bitcoin são cada vez mais conhecidos e usados.
Mas um recente estudo em 7 países (Australia, Áustria, Canadá, França, Alemanha, Holanda e EUA) com mais de 18 mil pessoas descobriu que o dinheiro físico (cash) está vivo, e bem.
Desde 2005 o valor em circulação de dólares e Euros duplicou, parte da demanda vem de países estrangeiros, mas muitas evidências apontam que os Europeus e Estadunidenses também estão carregando mais dinheiro por aí.
Nos EUA, 46 das transações são feitas em dinheiro contra 26% em cartões de débito e 19% em crédito, na Alemanha e na Áustria o dinheiro é usado em mais de 80% das transações, a média dos países pesquisados é maior do que 50%.
O uso do dinheiro é muito comum em pequenas transações, feitas entre uma e duas vezes por dia, em média, segundo o relatório. E geralmente as pessoas andam com pelo menos o equivalente a 30 dólares no bolso o tempo todo. Pessoas mais pobres, como era de se esperar, tendem a usar mais o dinheiro do que outras formas de pagamento.
Entre as vantagens que podem influenciar o uso contínuo do dinheiro físico, os autores apontam:
- Anonimidade e invisibilidade para com os coletores de impostos;
- Eliminação de custos extras e taxas (vide cobrança de IOF no Brasil para compras feitas no exterior);
- É um meio tangível de manter o controle dos gastos em tempo real
A pesquisa é relativamente pequena, considera países bem centrais, imagina isso expandido ao mundo todo?
Para ‘desmonetizar’ a economia ainda há, graças a Deus, um mundo à frente.