Transformar uma busca numa ação publicitária e logo depois numa ação de eCommerce.

Idéia excelente para as marcas e para os operadores. O consumidor que se cuide. Apesar dos benefícios potenciais serem grandes, a coisa ainda parece bastante longe de virar realidade. Porquê:

• Primeiro: como resolver o problema dos estoques do varejo? A atualização instantânea é difícil e cara e depende da internet funcionar 100% do tempo, além dos já conhecidos problemas de estoque no varejo;
• Segundo: e o sistema de pagamento? Como fazer o cliente pagar? Usar o modelo tradicional de cartão de crédito é dar chance ao buyer de desistir da compra;
• Terceiro: e a confiança dos consumidores para entregar dados de pagamento? As empresas maiores, com marcas fortes, não tem tanto problema, mas uma loja desconhecida vai ter dificuldade em convencer o cliente a entregar dados sensíveis;
• Quarto: e a desconfiança dos parceiros comerciais? Se você é muito menor que o seu parceiro comercial ele tem um poder de barganha muito grande (vide Porter), quanto isso te afeta?

Ao que parece, o eCommerce vai se desenvolver de maneira a melhorar os negócios dos varejistas (mesmo aqueles de tijolos, vide a migração em massa de parte deles para o online e o movimento inverso que até a Amazon já está fazendo).

A partir do momento que o “comprar” esteja disponível, é muito claro que os varejistas devem aumentar os investimentos em marketing. Como os donos dos canais (as maneiras de chegar aos clientes) são os grandes da internet (Google e Facebook, principalmente), mais dinheiro ainda para eles.

Partes 1 e 2.