Esporte é negócio (1): intro
Mas ao contrário dos que acontece nosso outros negócios, ser dominante nos esportes é ruim. Um esporte que não tem competição, que, à priori, já se conhecem o(s) (muito) provável(eis) vencedores, perde o apelo junto ao público.
Barça e Real na Espanha provam o contrário? Ou seja, demonstram que o esporte, mesmo que dominado por duas potencias, não faz com que o interesse diminuía? Não.
A Europa tem uma característica muito diversa do resto do mundo, lá é comum que o cidadão se sinta antes pertencente à sua cidade natal do que ao país no qual nasceu. Para exemplificar com a Itália: vai ser muito raro ver um Siciliano que torça pelo Milan, ou um milanês que torça pela Juve, que é de Turim.
Barça e Real fazem um clássico único no mundo, é um jogo muito além do campo e envolve, hoje, os três maiores jogadores do mundo, talvez 10 dos 30 maiores jogadores do mundo estejam no jogo. Isso por si só chamaria a atenção.
Para piorar é o jogo que, normalmente, decide o campeonato espanhol, ainda que seja na quinta rodada. Ao mesmo tempo times como o Granada ou Helche, caso a situação se mantenha assim, jamais terão chances reais de serem maiores, ficarão sempre restritos ao fanatismo das torcidas locais e isso, como eu disse antes, colabora para reduzir a médio e longo prazos o potencial do negócio.