Entender o Desemprego (5) – A Curva de Phillips – Final

Com o aumento da oferta de moeda (ou nos gastos do governo ou cortes em impostos) o governo força a produção para cima, pois expande a demanda agregada, movendo a economia como um todo para um ponto na curva de Phillips com maior inflação e menor desemprego (Vide os outros dois Posts aqui e aqui)

Por outro lado, quando a oferta da moeda cai, o governo corta despesas, ou aumenta os impostos, há uma contração na demanda agregada e, em casos menos ruins, a economia se move para um ponto de menor inflação e maior desemprego, em casos piores o desemprego aumenta e a inflação não arrefece, é o que ocorre quando um país dá seus primeiros passos rumo à estagflação (crescimento nulo ou negativo, inflação muito alta e desemprego crescente).

Milton Friedman e Edmund Phelps, no final da década de 60, publicaram artigos negando o tradeoff de longo prazo entre inflação e desemprego, suas idéias baseavavam-se na teoria clássica da neutralidade da moeda, ou seja, o aumento da oferta de moeda não tem efeito direto sobre as variáveis reais (produção e emprego) e somente é capaz de alterar preços nominais. Os autores demonstraram que o aumento da quantidade de moeda não tem influência alguma sobre os 4 fatores que causam o desemprego (Salário mínimo, poder dos sindicatos, salários de eficiência e a busca pelo emprego).

A longo prazo, portanto, a taxa de desemprego gravita em torno da taxa natural, como demonstra o gráfico.

Curva de Phillips no Longo prazo segundo Friedman e Phelps
Curva de Phillips no Longo prazo segundo Friedman e Phelps

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