Conselho de Medicina impede a ação de médicos empreendedores
Mais uma vez a intervenção de um braço estatal impede o empreendedorismo e prejudica a grande maioria da população.
A história é mais antiga do que andar para frente.
“Para defender a população precisamos regular o mercado”.
Desde o final dos anos 1800, nos EUA, com as leis de monopólios, já era assim: as grandes empresas, para impedir o avanço das pequenas e a consequente redução nos seus lucros, fazem lobby junto ao governo sob a égide de ‘proteger os consumidores’. Esse lobby impõe barreiras legais de maneira a impedir a competição para determinados potenciais concorrentes.
Como se os consumidores fossem tapados o suficiente para não conseguirem, por si só, se proteger.
É um problema típico de Bootlegers and Baptits.
O Conselho Federal de Medicina acaba de fazer isso, ‘regulamentando’ as ditas ‘clínicas populares’, soluções privadas, ofertadas por empreendedores e para clientes que, até então, estavam sujeitas às leis básicas da economia: oferta e demanda. Quem não conseguisse servir bem ao seu cliente estava fora.
Quem quisesse ser atendido sabia exatamente o que estava pagando e quanto ANTES, sabia a hora que seria atendido e por quem, de repente até ganharia de brinde uma água limpa, uma televisão ou uma sala com ar condicionado para esperar.
A partir de agora, não.
Um exemplo do absurdo da nova imposição é: “Uma das proibições é a divulgação do preço das consultas, que é uma estratégia muito usada para atrair os pacientes. Os valores não podem constar em propagandas, na internet e nem na fachada.” O trecho de uma reportagem de ontem, de tom absolutamente positivo, diga-se de passagem, vende a coisa como se bela fosse, a integra está aqui.
Ora, voltando ao assunto: por que diabos eu não posso divulgar o preço do meu serviço?
Vejam a incoerência, no comércio as lojas podem inclusive sofrer penalidades se não divulgam os preços dos seus produtos à priori, mesmo nas vitrines. Como conciliar essas visões tão antagônicas sobre produtos diferentes?
“Medicina não é produto?” Não? E o que seria? Um direito? Saúde é direito? Você está pronto para processar quem pela quebra desse seu “direito”?
“Todos tem direito a um atendimento digno de saúde!” É? E quem paga por isso?
O CFM presta um enorme desserviço à população brasileira vai na linha da OAB que praticamente impede o marketing dos serviços advocatícios. Em ambos os caos as consequências são a redução da concorrência e da inovação e o aumento artificial dos preços o que irá impedir que uma enorme parcela da população, justamente a que mais necessita deles, tenha acesso à esses serviços, tudo isso em nome de ‘defender o consumidor’.
Ao que parece estes ‘arautos da compreensão’ deveriam entender um pouco mais sobre economia básica e incentivos, nem que fosse para arrumar desculpas melhores garantir para si próprios parcelas intocáveis do mercado.