3 tipos de inovação disruptiva
O termo inovação disruptiva tem sido usado de maneira bem ampla, isso acontece muito com termos novos em ciências sociais. De maneira genérica, pode-se dizer que ele se refere à inovações (em produtos, processos ou mercados ou modelos de negócio) capazes de mudar a lógica de determinada indústria de maneira profunda.
Existem 3 maneiras de isso acontecer:
1. Uma inovação literalmente destrói um produto, família de produtos ou uma indústria inteira: a indústria de cavalos e carruagens morreu com o advento do carro, a indústria de pau-brasil morreu com o advento de pigmentos mais simples e baratos, etc.;
2. Uma inovação menos radical disponibiliza um bem ou serviço que irá disputar mercado com um incumbente: Uber, 99Taxis, AirBnB, Veduca e várias outras empresas de tecnologia se encaixam aqui, a indústria com a qual elas competem não morre, mas as lógicas têm que mudar e muitas vezes isso mata os incumbentes, veja o que ocorreu com a Varig quando do surgimento da Gol, ou mesmo com a TAM;
3. Se refere às mudanças de importância das empresas da cadeia de valor: se um membro da cadeia consegue inovar ele poderá ganhar maior poder junto à toda a cadeia, o uso da tecnologia nos carros segue essa lógica, as montadoras estão perdendo parte de seus lucros para empresas de tecnologia (o Google, por exemplo) que estão usando sistemas para tornar a direção independente de uma pessoa.
A inovação, seja ela qual for, irá sempre aumentar a produtividade, sem inovação é impossível melhorar de vida.
O post é baseado nas idéias do Umberto Bertelè, professor de estratégia e inovação no Polimi, ele escreve regularmente na ICT4Strategy, aqui.