O Barça é a Apple do futebol
“Mais que um clube”, esse é o lema do Barcelona.
O clube da capital da Cataluña não faz a mínima questão de ser visto simplesmente como um clube, e isso está estampado em seu lema.
Nenhuma outra organização do gênero no mundo, que eu tenha conhecimento, tem a mesma idéia (o New York Cosmos pensa de maneira semelhante, mas ainda não tem projeção suficiente para causar grande impacto).
O Barcelona não quer ser visto como uma organização qualquer, pelo contrário, o objetivo é ser diferente e, com isso, angariar mais do que fãs, envangelizadores, da mesma forma que a Apple.
Os times do clube, a começar pelo de futebol, implantaram um modelo que, aconteça o que acontecer, ganhando ou perdendo, sempre será seguido. Ainda que o Barça perca, perderá jogando bonito.
Talvez por isso, o Barça tornou-se o símbolo da luta de independência da Cataluña contra a Espanha, uma luta sem armas brancas ou de fogo, mas cheia de lances geniais.
Politicamente o Barcelona luta, com a beleza do seu jogo e de sua torcida, contra a força e a imposição de da monarquia de Madrid, que o Real tão bem representa.
A dicotomia é brutal.
O Barça representa, “més que un club”, a liberdade de ser catalão, o Real, representa, como visto pelos catalães, o poder de ser espanhol.