07Jul
Em Bruxelas, num dos encontros de negociação, o ministro das finanças grego Yanis Varoufakis reclamou que as pensões gregas não poderiam mais diminuir.
O ministro das finanças Lituano repreendeu fortemente Varoufakis com dados: dados do Eurostat de 2012 dizem que a Lituânia gasta 472 Euros por pensão (cerca de 1500 reais), a Bulgária 257 Euros, a Grécia. 1.625 Euros, mais de quatro vezes mais.
Os dados são de 2012, desde lá alguns cortes já ocorreram, mas as pensões gregas ainda são muito mais altas do que na grande maioria dos países da Europa central e oriental, em média 713 euros/mês.
A Grécia ainda gasta 17,5% de seu PIB, o maior número de toda a Europa, com pensões. Aposentadorias abaixo dos 60 anos eram regra até pouco tempo, hoje o limite foi aumentado para 67 anos. Na regra antiga cabeleireiros e radialistas (!!) estão entre as mais de 580 profissões que eram tidas como perigosas ou extenuantes e, portanto, tinham direito a aposentadoria com menos tempo de contribuição.
Para piorar existem cerca de 130 fundos de pensão diferentes, os aposentados ganhavam 14 salários por ano (!!), numa recente varredura mais de 400 mil pensões suspeitas foram suspensas.
O Estado não é capaz de gerar tanto dinheiro para pagar benefícios, ainda mais quando não controla a emissão de moeda. A Grécia precisa se organizar, sair do Euro é uma ‘solução’ imediatista, vai atrasar o problema, não resolvê-lo.