A maturação da tecnologia
A tecnologia que se domina hoje é perfeitamente capaz de dirigir carros em estradas (em cidades ainda é difícil), pilotar aviões, trens, navios, diagnosticar e dar tratamento para cerca 90% das doenças, melhor que um médico mediano.
Mas e porque isso não ocorre ainda? A resposta não é muito simples, mas passa pelo fato de que a tecnologia precisa de maturação.
Esse tempo de maturação é relevante para que as pessoas e organizações se acostumem à nova tecnologia e usá-lada melhor forma possível. Um baita exemplo disso é apresentado pelos economistas do MIT Eric Brynjolfsson e Andrew McAfee no livro deles “The Second Machine Age“, segue a tradução livre de dois parágrafos do livro:
“[…] Anos depois, quando a eletricidade tomou o lugar do motor a vapor, os engenheiros simplesmente trouxeram os maiores motores elétricos que eles conseguiam encontrar e os puseram onde os motores a vapor costumavam ficar. Até mesmo quando fábricas novas eram construídas, elas seguiam este mesmo design. Talvez não seja surpreendente olhar os dados que mostram que os motores elétricos não aumentaram a performance de forma substancial. Pode ter havido menos fumaça e um pouco menos de barulho, mas a nova tecnologia não era sempre confiável. No cômpito geral, a produtividade mal se moveu.
Só depois de 30 anos – tempo longo o suficiente para que os antigos gestores se aposentassem e fossem substituídos por uma nova geração – os layouts das fábricas mudaram. As novas fábricas eram bem mais parecidas com as de hoje: um grande galpão ocupando uma grande área. Ao invés de um único e gigantesco motor, cada peça de equipamento tinha seu próprio motor elétrico, bem menor. […]”
Outros exemplos da importância da maturação da inovação estão nesse post do AEI.