Não há almoço grátis

Uma das máximas mais conhecidas da economia, ao mesmo tempo pouco compreendida. Nada é de graça.

Nem mesmo São Francisco de Assis, a imitação de Cristo, fazia o que fazia sem um motivo, ele queria ir para o céu.

Ser bom, porém, tem seu preço, o Governo Federal, nos últimos 10-12 anos, estimulou Keynesianamente o aumento desenfreado do consumo, mais consumo, menos poupança, receita líquida e certa para um boom, seguido, sem sombra de dúvidas ,por um burst, um estouro.

Na educação superior os reflexos disso estão vindo agora, o governo jorrou dinheiro na educação superior, universidades públicas foram abertas no Brasil todo, particulares abriram com a promessa que o governo iria financiar os estudantes, durante os anos do boom, tudo bem, tudo ótimo, agora chegou o burst. O El Pais publica que: “Nos primeiros dois meses de 2015, o Ministério da Educação (MEC) reduziu em um terço o repasse da verba das universidades federais”. Ao mesmo tempo que o ministério da (des)Educação diz: “O dinheiro para o FIES acabou”.

A imprensa presta um desserviço ao estampar “direitos” nas manchetes a população, leiga, que recebeu e acreditou nas promessas entende a comunicação como: “é de graça, eu quero”.

A relação entre direitos ofertados pelo governo e impostos é real e direta, é impossível ofertar algo sem que isso seja pago por alguém.

O problema dos gastos do governo no Brasil, a educação superior é só um exemplo disso, é que os decisores pouco ou nada entendem sobre leis básicas de economia. Contas existem para serem pagas e criar dinheiro “do nada” para pagá-las não ajuda.

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