Investidor de impacto 2 (?)

Seria um filantropo?

Qual a diferença? E como é diferente de um empreendedor qualquer?

O ‘investidor de impacto’

Geralmente a diferença entre um investidor de impacto e um filantropo é que o primeiro quer lucro, o segundo, não.

O investidor de impacto declara que quer um impacto socio-ambiental positivo (tem a dita ‘intencionalidade’). Para tanto precisa mensurar tal impacto (a mensurabilidade). Essas duas características também definiriam os filantropos modernos.

Mas o pulo do gato mesmo vem agora. Para os defensores da tese, o investidor de impacto investe em coisas que um empreendedor não investiria (é o que eles chamam de ‘adicionalidade’), renunciando a uma parte do que poderia ter de retorno financeiro para obter um maior impacto socio-ambiental.

Os problemas com essa tese são muito claros para quem conhece um pouco de ação humana (de novo, por favor, leiam Mises!!!), por exemplo:

  • retorno é subjetivo, é impossível saber, à priori, se meu empreendimento vai ou não ter sucesso;
  • como uma pessoa pode supor que sabe o que a outra quer ou fará? Ou seja, como é possível supor que um empreendedor não irá agir para tentar solucionar um problema e só um ‘guerreiro social’ poderia fazer isso?
  • se eu declarar que o impacto social que quero ter é gerar dez empregos e ajudar na sustentação de 40 pessoas, vale como impacto social?

A mim parece que o problema é o ódio (mais ou menos velado) ao empreendedor. “Empreendedores sociais” são, em teoria, exatamente iguais a quaisquer outros empreendedores, isto é, eles, como qualquer pessoa na face da terra, respondem a incentivos subjetivos.

Alguns são mais propensos a ganhar dinheiro, outros a ganhar menos em troca de infligir menos danos ao ambiente, mas quem sou eu (ou tu, ou qualquer outra pessoa) para dizer que o tal ’empreendedor social’ é mais (ou menos) importante do que qualquer outro?

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