A Alemanha da HiperInflação

Define-se hiperinflação, em geral, quando preços sobem mais de 50% ao mês.

Nessa velocidade, um pão que hoje custa R$ 1,00 vai custar R$ 1,50 em um mês e impressionantes R$ 130 reais em um ano, um aumento de 130 vezes 100% ou 13.000% (treze mil por cento ao ano).

O episódio mais famoso de hiperinflação foi o da Alemanha no início da década de 1920.

Depois da primeira guerra a Alemanha foi obrigada a pagar os vencedores, pelo tratado de Versailles os pagamentos deveriam ser feitos em ouro e commodities (aço e cobre, por exemplo). Quando a Alemanha deixou de pagar o bale do Rurh, coração industrial do país foi invadido por tropas da França e da Bélgica, em Janeiro de 1923.

Os trabalhadores se recusaram a cooperar com os invasores, as fábricas fecharam e os impostos pararam de ser recolhidos. Sem dinheiro, o governo alemão decidiu simplesmente fazer dinheiro. A impressão de papel moeda alimentou a inflação mais ainda.

O Marco Alemão caiu como poucas vezes se viu no mundo. Em 1918 um marco comprava um pedaço de pão, em setembro de 1923, o mesmo pedaço custava 200 bilhões de marcos. O colapso econômico foi uma das causas da subida ao poder dos Nacional Socialistas, liderados por Hitler, alguns anos depois.

A maior nota de dinheiro da Alemanha chegou a ter impresso “100 Trilhões de Marcos”. Isso é um seguido de 14 zeros.

Cem mil Milhões de marcos alemães numa só nota.

A hiperinflação foi combatida pelo banqueiro Hjalmar Schacht, que depois serviu como ministro de Hitler, mas, como todas as inflações, seu fundo estava na impressão desordenada de papel moeda.

As informações são da Bloomberg.

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