Teoria Quantitativa da Moeda e a inflação
A Teoria diz que:
MV = PY; o que implica que: P = MV/Y
onde:
- P são os preços
- M são os meios de pagamento
- V é a velocidade da moeda (média de quantas vezes uma mesma unidade de moeda é usada para fazer alguma compra num ano – é bem difícil de medir isso)
- Y é o produto total da economia (o PIB Real)
Os Preços, portanto, só podem mudar por alguma mudança nos outros três fatores (M, V ou Y).
Empiricamente se sabe que a velocidade da moeda (V) é muito constante e dificilmente muda rapidamente. Nos EUA a velocidade é cerca de 7, a mudança pode acontecer, mas para 6 ou 8, uma mudança em V, portanto. não consegue sustentar uma mudança grande e sustentável em P.
O mesmo ocorre para o PIB real (Y), ele é relativamente constante e não muda com facilidade (é raro encontrar uma alteração de 5%, uma acima de 10%, então, é praticamente um milagre – vide o que se diz do Brasil nos anos 60-70 e da China na primeira década do milênio).
Sobra o M.
E é exatamente assim. Se M aumentar, ou seja, se a quantidade de dinheiro na economia aumentar, os preços irão se ajustar de acordo, isso é inflação, a perda de valor da moeda, o aumento dos preços é consequência disso, o resto é balela.
Alguns pensamentos finais:
- Dobrar a quantidade de dinheiro, no longo prazo, vai dobrar os preços (o dinheiro é neutro a longo prazo)
- “inflação é sempre e em qualquer lugar um fenômeno monetário”
- Os bancos centrais, por terem controle sobre a quantidade de moeda, são os responsáveis pela inflação.