Reserva de Mercado e o Uber

No início da revolução industrial alguns tecelões ingleses prometeram destruir todas as máquinas, elas roubavam o emprego deles.

No Brasil a OAB e o CRC obrigam os formados em direito e contabilidade, respectivamente, a passar por processos desgastantes e, muitas vezes, inúteis depois da universidade para poder exercer a profissão para a qual já foram treinados por 4 ou 5 anos, tudo em nome da “manutenção da qualidade do serviço”. Como se nenhum advogado e contador ruim fosse capaz de passar nas provas.

Esses são exemplos de criação de barreiras para a entrada, seu objetivo é manter a dita reserva de mercado, diminuir artificialmente a oferta para que o preço, mantida a demanda constante, possa se manter artificialmente alto.

Os táxis também funcionam assim.

Alguém compra uma licença (uma concessão pública, portanto passível negociatas das mais diversas). Em NY custa um milhão de dólares, em São Paulo, 200 mil reais. E a partir daquele momento está autorizado a dirigir para outra pessoa cobrando um preço.

O Uber muda essa lógica.

Se eu quiser dirigir para ti e tu quiseres que eu dirija, uso o meu celular e te contrato, todos sabem, a comunidade controla a qualidade do serviço, o governo não se intromete, a sociedade como um todo ganha, mas os taxistas perdem.

Eles nunca aceitarão.

O AirBnB funciona assim, o BitCoin em breve o Hoolyn funcionará assim. Não tem volta, a economia mundial vai ser muito mais sharing economy daqui para frente, queiram os governos ou não.

O Kanitz fala mais sobre a os taxistas de São Paulo contra o Uber.

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