Com a campanha para prefeito pegando fogo no Brasil todo, muitos perguntam, como os políticos tomam decisões? Será que eles consideram os efeitos das suas decisões?

As respostas são complexas, é verdade, mas há algo que não se pode negar. O papel dos incentivos.

Incentivos são custos ou benefícios de uma atividade em particular, normalmente as pessoas agem quando os benefícios são maiores que os custos.

Benefícios e custos não são somente monetários, podem incluir: sua diversão ou agradar a alguém que você gosta (como exemplo dos primeiros) e o seu tempo e energia (como exemplo dos últimos).

Políticos e burocratas são pessoas e estão, portanto, sujeitos à mesma lógica de resposta aos incentivos.

Se um político tem seus votos numa região na qual as pessoas trabalham com agricultura ele terá incentivos para apresentar propostas e defender teses que ajudem aquele grupo particular de indivíduos a se dar bem, não importa o que haja com o resto da população, afinal ele realmente se importa com aquele grupo e, como a enorme maioria dos políticos, tem o objetivo de ser reeleito.

Ele vai lutar para que a comunidade receba um micro-sistema de água para atender 1000 pessoas, quando, com o mesmo recurso poderia fazer um sistema na cidade que atenderia 15 mil. Vai exigir que o governo municipal compre o que a comunidade produz mesmo que custe muito menos comprar no mercado a preços livres, só para dar dois exemplos.

O Brasil não precisa de salvadores da pátria, precisa de incentivos melhores.