A mim incomoda muito a maneira com a qual o empreendedor (o empresário, o capitalista ou como queira chamá-lo) é visto pela enorme maioria dos falantes na imprensa e na ‘intelectualidade’ brasileiras.

Talvez por conta da tradição neo-clássica dinheirista do ‘homo-economicus’ tão arraigada nos nossos esquemas universitários, tradição que falha enormemente em perceber que pessoas agem por motivos pessoais e subjetivos e que lucro financeiro é só um desses objetivos (leiam Mises, pelo amor de Deus!!!).

Nesse contexto, mais recentemente, nasce o tal do ‘investimento de impacto’, relacionado com outros nomes bonitinhos como ‘investimento responsável’, ‘preocupação social’, ‘investimento socialmente responsável’ e suas intermináveis variações.

Todos eles tem, no fundo, um certo desprezo pelo empreendedor, pelo tomador de risco sob incerteza que, em geral, se perder, perde tudo (enquanto seu empregado vai continuar recebendo o salário).

Esse desprezo se apresenta especialmente na linguagem, daí o ‘investidor social’ (a palavra ‘social’ parece que automaticamente dá a qualquer termo um sentido místico de bondade) se transforma magicamente num empreendedor preocupado com a vida das pessoas que ele impacta.

Weird, hun?!

Mas então: qual a diferença entre um investidor e um investidor de impacto?