Fatos:

• a Amazônia representa mais de 50% do território nacional;
• a enorme maioria dos brasileiros não tem a menor idéia do tamanho dessa região, arrisco que mais de 80% da população nunca pisou na Amazônia, se tirarmos da lista quem já foi a Belém ou Manaus o número é ainda maior;
• ribeirinhos dependem do transporte fluvial;
• ninguém obriga ninguém a pegar barco, para nós na Amazônia é simplesmente normal fazer isso, e a grandessíssima maioria das pessoas o faz de boa fé;
• nem a Marinha, nem nenhum órgão central tem a menor capacidade de fiscalizar todas as embarcações da Amazônia, são tantas que para fazer isso seria necessário um contingente absurdamente grande;

A quantidade de pessoas que morrem em acidentes com barcos e navios na Amazônia é ínfima, tão pequena que, quando ocorre, fazem o maior estardalhaço e, para piorar, pedindo ‘maior rigidez e controle por parte do ‘papai estado’.

As pessoas aqui na Amazônia andam de barco, canoa, bajara, tudo mais ha milênios, problemas existem, mas são pouquíssimos se comparados a quantidade de quilômetros que rodamos desse jeito todos os anos.

Se você duvida, faça as contas de quantas pessoas se movimentam por dia de barco na Amazônia, e quanto elas andam em média.

Na breve pesquisa que fiz, um dado de 2013 fala em pouco mais de 200 mortes nos rios em seis (!!!!!) anos, para se ter uma idéia da comparação, em 2011 eram 160 mortes no trânsito – TODOS OS DIAS. Um dado de 2014 fala em 50 mil mortes por ano no transito.

Compare:

• dado de 2013 nos rios: 209 mortes em 6 anos, 35 por ano.
• média entre dados de 2011 e 2014 no trânsito: 145 mortes, POR DIA

Leva 4 anos andando de barco para matar o mesmo que se mata em um dia de transito no país

E tu ainda queres regulamentar o transporte fluvial na Amazônia?