Segundo o Prof. Diguette (original aqui) é por conta dos seguintes problemas:

1. Instrução ruim

Muitos alunos tem grande dificuldade de pensar coisas simples e escrever coisas básicas, sem essas fundações é quase impossível manter um nível elevado de ensino, nas palavras dele:

[…] é muito mais fácil aceitar que o padrão que eu costumava exigir não é mais o que se espera de um formado no ensino médio do que trabalhar para elevar o padrão desses estudantes. Como, em 15 semanas, eu poderia desfazer todo o mal que foi feito por professores que ignoraram todos os textos horríveis e problemas de pensamento que eu encontro regularmente?

2. Inexistência de feedback crítico por parte dos professores

Professores que tentam mudar isso sofrem por conta da geração “troféu de participação”, e da cada vez mais comum idéia de que ‘não importa se você fez algo bom ou não, o importante é ter feito’. Como resultado disso, ao criticar um texto mal escrito, exigir algo melhor, o professor normalmente é tido como um tirano e taxado de ‘xiita’, ‘chato’, ‘exigente demais’, etc.

[…] como eu posso convencer meus alunos que meu julgamento sobre a escrita deles é válido quando todos os professores que eles tiveram no ensino médio fizeram com que eles acreditassem em algo totalmente diferente? Afinal eles tem o diploma para provar que sabem.

3. Inflação nas notas

O Diguete também diz que os professores que tentam fazer seus alunos melhorarem, apesar das dificuldades, muitas vezes são impedidos de fazer isso por conta da pressão que existe para manter as aparências quanto às notas altas.

[…] Os níveis de retenção de alunos e de formatura são hoje tão grandes na universidade que tudo que se compara parece minúsculo. Dados sobre as notas dos alunos dos professores são coletados, a mensagem implícita é que se muitos alunos reprovam, a responsabilidade é do professor. E alguns dos meus colegas resolveram isso dando, em alguns casos, até 90% de notas máximas para uma turma. Como qualquer estatístico pode perceber, tem algo errado com esse número.

Durante quase 6 anos fui professor universitário, a realidade descrita pelo professor é verdadeira também no Brasil, infelizmente.